Estava morrendo de saudades do Nerdices. Acho muito legal variar o tema dos posts do blog de vez em quando e fugir um pouco do "só maquiagem". E não tem melhor seção aqui no blog pra isso do que o Nerdices. Quem volta junto com o Nerdices é a sua autora original, Isis Paloma, minha amigãn! =P
Como nos posts anteriores, farei comentários sobre a maquiagem das personagens e eles estarão escritos em roxo. ;)
A série de hoje é a Mad Men. Vai com tudo Isis:
"Oi, Pessoas,
Hoje vamos
falar sobre uma série dramática que mostra basicamente o dia a dia de uma
agência de publicidade e a vida das pessoas que trabalham nela. Mostra bem
os dramas, vícios e conflitos da década
de 60. No início eu achava meio chato, porque nada demais acontecia, e ficava
sem entender porque é uma série tão premiada (lê-se 15 Emmys e 4 Globos de
Ouro), mas continuei assistindo pra alimentar meu vício. O desenvolvimento foi
mostrando vários temas, entre eles destacam-se os acontecimentos históricos
daquela época nos EUA, política, morte de presidentes, eleições, moda, música,
alcoolismo, tabagismo, drogas, discriminação, racismo, machismo, adultério,
entre outros e de uma forma muito intensa. As pessoas fumavam e bebiam em casa,
no trabalho, nas ruas, o tempo inteiro. Praticamente todas as esposas são
traídas pelos seus maridos, como se fosse algo comum para os homens naquela
época. Enquanto os homens brancos trabalhavam em suas mesas, tomando wisk, os
negros trabalhavam como serventes e as mulheres como secretárias ou donas de
casa.
Vamos ver o
que os críticos falaram
“Um crítico do The New York Times chamou a série de revolucionária por
retratar de modo único um passado não tão distante;
O San Francisco Chronicle chamou Mad Men de "uma série com estilo, que
prende visualmente [...] um drama adulto de introspecção e da inconveniência da
modernidade num mundo masculino";
Um crítico do Chicago
Sun-Times descreveu a série como "um retrato
não-sentimental das complicadas 'pessoas completas' que atuam com os modos mais
decentes que os EUA perderam na década de 1960, enquanto também brincavam de
agarrar a bunda das mulheres e falavam mal de seus subordinados”;
A reação do Entertainment Weekly foi semelhante, observando como, na
época em que se passa a história, "divertir-se faz parte do trabalho, a
provocação sexual ainda não é assédio e os EUA estão livre de
autoquestionamento, de culpa e da confusão contracultural";
O Los Angeles Times disse
que o programa tinha encontrado "um estranho e amável lugar entre a nostalgia
e o politicamente correto";
O programa também recebeu elogios da
crítica por seu realismo histórico – principalmente no que se refere aos seus
retratos do sexismo e do preconceito, e a alta prevalência do cigarro e da
bebida;
Entre as pessoas que trabalhavam no
ramo da publicidade na década de 1960, as opiniões diferem quanto ao realismo
de Mad Men. Jerry Della Femina, que trabalhava como redator na época
e mais tarde fundou sua própria agência, disse "Imagine um bando de
bêbados conversando entre si através de uma nuvem de fumaça – assim que eram os
anos 1960". Mas Allen Rosenshine, outro redator que mais tarde foi comandar
a BBDO, chamou o programa de "fabricação total".
E os personagens...
O protagonista é Don Draper, diretor de criação da
agência, um cara bonitão, três filhos, casado, e várias amantes. Muito
inteligente, e admirado pela maioria das pessoas da agencia pelo seu pensamento
rápido e criativo. Não demonstra o quanto é infeliz, porém torna-se frio e
seco, além de esconder o seu passado, que vai sendo descoberto ao longo da trama.
Peggy Olson é uma mulher independente, que começou como
secretária, mas com sua inteligência, ela vai crescendo no trabalho se tornando
redatora, o que causa inveja e desconforto em algumas pessoas da agência, porque
imagina uma mulher querendo ter um cargo igual a de um homem naquela época?! Com
o tempo ela conquista o seu espaço, mesmo não sendo respeitada. No início, muito ingênua, mas com a
convivência e experiência vai aprendendo a ser “menos besta”.
Make: bem menininha, coisa de mulher discreta. Os olhos estão muito simples com o combo infalível da época "máscara + delineado". Maçãs do rosto com blush coral e lábios num tom amarronzado/cobre cintilante (meio estilo anos 90 inclusive).
Betty Draper, “primeira” esposa de Don, ex-modelo, a
típica dona de casa que cuida das crianças e do lar. Impaciente, acaba entrando
em conflito com a sua filha Sally quando a mesma entra na pré-adolescência, eu
a entendo completamente porque a menina é um pé no saco. Quando ela não aguenta mais as mentiras do
marido, larga tudo e vai atrás da sua felicidade.
Make: QUÉÉ batom é esse, sua lynda? Lindo demais esse rosa com fundo avermelhado que a atriz está usando. Pirey. O destaque dessa make é justamente o batom, por isso os olhos ficaram bem simples com delineado gatinho discreto e cílios postiços. Outra coisa que me chamou a atenção, foram as sobrancelhas super definidas e corrigidas. Adorei o look de mulher poderosa. Quase uma it girl para a época. xD
A primeira coisa que me vem a cabeça quando lembro de
Joan é a clássica frase “Sexy sem ser vulgar”. Ela é a
secretária chefe, com sua sensualidade consegue tudo que quer, mas com a vida
que leva se sente muito sozinha. Quando finalmente consegue um marido, o mesmo
vai servir ao exercito. Tenso!
Make: menina, o que é esse cut crease com sombra marrom? #Arrasou! Sombra azul bebê/perolada (?) nas pálpebras e delineado curtinho e médio. Gostei da sombra marrom esfumada rente aos cílios inferiores, puxando um gatinho inverso. Blush e batom combinando num tom alaranjado. Curti.
Megan Draper, “segunda” esposa de Don, foi recepcionista,
e depois secretária dele. Sempre quis ser atriz, então foi atrás do seu sonho,
mesmo o marido não curtindo muito a ideia. Tem uma boa relação com Don, mas ele
é mulherengo, aí já nem preciso dizer o que ele faz com a bichinha.
Make: Essa é bem característica dos anos 60 mesmo: cílios superiores e inferiores bem marcados com muuito rímel (bem estilo a top model da época, Twiggy), sombra colorida clarinha subindo até o côncavo (o esfumado com sombra marrom não era tão popularizado como é hoje), maçãs do rosto com blush rosinha e batom nude/marrom que está super em alta atualmente (estou viciada, inclusive kkk).
Pra quem gosta dos anos 60, vai adorar ver como a
sociedade da época vivia e lida com as mudanças. Mudanças que fugimos até hoje. Será que a sociedade continua machista e estamos fadados a isso? Será que ainda
enxergam as mulheres como seres inferiores? Porque tanto preconceito com
homossexuais? Racismo ainda existe? Será que meu trabalho me faz feliz?
Assistindo a Mad Men percebo que algumas coisas mudaram no mundo, mas as
principais continuam do jeito que sempre foi... Infelizmente. Espero que gostem
e assistam a série que é muito boa =D"
Escrito por:
Isis Paloma (colaboradora do Nerdices)
Beijos =**
Obrigada, Cath. Seus comentários enriquecem muito o texto. xDD Isis.
ResponderExcluirNão há de que, sua linda! Seu texto que foi muito legal (e meninas suspirando pela foto do ator lá em cima kkkkk).
ExcluirBjoos